"Tentar definir-se é como tentar morder o seu próprio dente."
"O sentido da vida é estar vivo. É tão claro, tão óbvio e tão simples. Mesmo assim, todo mundo não para de correr em pânico, como se fosse necessário conseguir alguma coisa além de si próprio."
"Assim como a moralidade, o intelecto é um bom servo e um mau mestre."
"E a atitude de fé é o oposto do apego à crença."
"Me dei conta de que o passado e o futuro são ilusões reais."
"Acordar para quem você é requer desapego de quem você imagina ser."
Nós vivemos em uma cultura totalmente hipnotizada pela ilusão de tempo, na qual o chamado presente é sentido como uma pequena linha entre o "todo poderoso" passado causativo e o "absurdamente importante futuro". Não temos presente. Nossa consciência está quase completamente preocupada com memórias e expectativas. Nós não percebemos que nunca houve, há, ou haverá qualquer tipo de experiência além da experiência do momento.
Portanto, nós estamos fora de contato com a realidade. Nós confundimos o mundo como ele é falado, descrito, e mensurado com o mundo do modo que ele na verdade é. Nós estamos doentes com uma fascinação pelo uso de ferramentas de nomes, números, símbolos, sinais, conceitos e ideias.
"Nada é mais fácil do que confundir a sabedoria de um sábio com a sua doutrina, pois, na ausência de qualquer compreensão da verdade, a descrição dessa compreensão feita por outrem é facilmente confundida com a própria verdade."
(O Espírito do Zen)
O mundo é visto como separado porque a pessoa projeta nele o seu próprio estado de confusão e ignorância; assim, em cada um de nós há essa mente que observa as circunstâncias criadas por ela mesma e, de acordo com a natureza particular da expressão dessa mente nos indivíduos, são criados os ambientes que os envolvem.
(O Espírito do Zen)
O homem olha para o mundo exterior para buscar sua salvação; imagina que poderá encontrar felicidade ao possuir algumas de suas formas. Mas não poderá encontrar felicidade nessas formas se não a puder encontrar em sua própria mente, pois é a sua mente que faz as formas...
(O Espírito do Zen)
O homem se apega às coisas na vã esperança de que elas possam permanecer imóveis e perfeitas; ele não se reconcilia com o fato da mudança (...) O homem nota e lamenta a mudança e mostra que ele próprio não está se movendo com o ritmo da vida.
(O Espírito do Zen)
O homem se apega às coisas na vã esperança de que elas possam permanecer imóveis e perfeitas; ele não se reconcilia com o fato da mudança (...) O homem nota e lamenta a mudança e mostra que ele próprio não está se movendo com o ritmo da vida.
Trata-se, portanto, do princípio de controlar as coisas entrando em harmonia com elas, do domínio através da adaptação.
(O Espírito do Zen)
Quanto mais firmemente tentamos captar o momento, para manter uma sensação agradável ou definir algo de uma maneira que possa ser satisfatória para sempre, mais ilusório ele se torna. Costuma-se dizer que definir é matar. Se o vento parasse por um segundo para que pudéssemos capturá-lo, ele deixaria de ser vento. O mesmo é verdade em relação à vida. As coisas e os fatos estão perpetuamente se mudando e se movendo; não podemos reter o momento presente e fazê-lo ficar conosco; não podemos chamar de volta o passado ou manter para sempre uma sensação passageira de si. Se tentarmos fazê-lo, tudo o que teremos será uma recordação; a realidade não está mais lá e nenhuma satisfação pode ser encontrada nisso.
(O Espírito do Zen)
Há teólogos e filósofos que mostram grande preocupação se alguém questiona suas ideias acerca do universo, pois imaginam que dentro dessas ideias estão incrustadas as verdades definitivas. E pensam que, se perderem essas ideias, perderão a verdade.
(O Espírito do Zen)
...a moralidade é valiosa quando for reconhecida como um meio para atingir um fim; é uma boa serva, mas um mestre terrível. Quando os homens a usam como serva, ela permite que se adaptem à sociedade, e que se misturem facilmente com seus companheiros e, mais especialmente, permite a liberdade para o desenvolvimento espiritual. Quando ela é o mestre, as pessoas tornam-se intolerantes e puras máquinas éticas convencionais.
(O Espírito do Zen)
...no momento em que (o homem) compreende, absoluta e finalmente, que a vida não pode ser captada, ele a solta, percebendo num átimo de segundo que tolo ele tem sido ao tentar retê-la como se fosse sua. Assim, nesse momento, ele alcança a liberdade do espírito, pois compreende o sofrimento inerente à tentativa humana de guardar o vento numa caixa, de manter viva a vida sem deixar que ela viva.(O Espírito do Zen)
"Você sofre porque você deseja.".
"Há uma contradição em querer estar perfeitamente seguro em um universo cuja própria natureza é a momentaneidade."
"Nós raramente percebemos, por exemplo, que as nossas emoções e pensamentos mais íntimos não são realmente nossos. Por que pensamos em termos de linguagens e imagens que não inventamos, mas que foram nos dadas por nossa sociedade"
"Este é o verdadeiro segredo da vida - estar completamente comprometido com o que você está fazendo aqui e agora."
"O homem sofre porque leva a sério o que os deuses fizeram para se divertir."
"Você não é vítima, você está se fazendo de vítima."
Todo o tipo de truques que os Gurus utilizam, eles dizem: "Bem, vamos por você em um teste." E a razão pelo qual fazem isso, é porque, simplesmente, você não acordará até que você sinta que pagou um preço por isso.
Se você se define como o esquema das coisas, então, ninguém está impondo em você. Você não é uma vítima, você está se fazendo de vítima. E aí você pode dize: "Eu sou responsável por esta vida, quer seja comédia ou tragédia, eu a fiz." E pra mim isso é uma base para comportamento e pra viver, que é fundamentalmente, mais alegre, vantajoso e fantástico do que definirmo-nos como vítimas desamparadas, pecadores ou o que for.
Quando você estiver pronto pra acordar, você acordará e se você não estiver pronto, você continuará fingindo que é apenas um pobre coitado.